Febre em Bebês: respostas para todas as suas dúvidas!
A febre é um sinal do corpo de que algo não está como deveria, e por isso sempre causa preocupações, mas a febre em bebês causa preocupação ainda maior, já que a criança ainda não se comunica.
A febre em bebês causa muitas dúvidas e é comum os pais ficarem preocupados com a elevação da temperatura, e isso realmente é preocupante, mas antes de descabelar com esse aviso corporal, o post responde a dúvidas que podem ajudar a manter a calma e escolher a maneira correta de agir.
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Como Medir a Febre em Bebês
Se você pegou o bebê no colo e logo notou que ele está mais quentinho, logo vem o impulso de medir a temperatura, mas esse é um problema com bebês que ficam agitadinhos e dificilmente vão parar por alguns minutinhos com um termômetro embaixo do braço, por isso, separamos dicas e modelos de termômetros ideais para serem usados em bebês.
- Digital: o termômetro digital é sem dúvidas o mais usado atualmente, por conta de ser fácil de ver a temperatura e de custo bem em conta (em média R$ 15). No entanto, esse é um modelo difícil de ser utilizado em bebês, já que a criança fica se mexendo e torna-se difícil de manter o termômetro embaixo do braço. Se você só tem esse tipo de termômetro em casa, segure o bebê no colo e posicione o termômetro embaixo do braço da criança, mas sempre segurando-a de modo que o medidor não se mexa.
- De ouvido/ Auriculares: o modelo mede a temperatura através de um infravermelho direcionado no canal auditivo da criança. Além de não precisar ser encaixado, a medição é bastante rápida e perfeita para bebês e crianças mais agitadas. Apesar da facilidade e agilidade no uso, o modelo de ouvido precisa atingir o canal do tímpano, e isso implica em puxar um pouquinho a orelha. O ponto negativo é o preço que gira por volta de R$ 150.
- De testa / Artéria Temporal: o modelo é mais uma das versões que utiliza de infravermelho para apurar a temperatura. O termômetro de testa é bastante fácil de usar, já que basta apontar o infravermelho na testa e logo a temperatura aparece no visor digital do aparelho. Além de ser perfeito para medir febre em bebês, também funciona para a família e até mesmo para medir a temperatura da água do banho, já que basta apontar o infravermelho para a banheirinha. Quando lançado o preço era bem salgadinho, mas já existem versões mais em conta, que custam em média R$ 100.
- De chupeta: esse tipo de termômetro é uma chupeta que tem medição no bico e um visor digital que mostra a temperatura. Para o uso, basta colocar a chupeta no bebê e esperar até a medição completa. No entanto, ainda há dúvidas em relação a aferição precisa do modelo, e muita vezes a criança está agitada e empurra a chupeta interrompendo o processo de medição da temperatura. O modelo também não é indicado para crianças que não chupam chupeta, já que podem ficar ainda mais incomodadas com o item. O preço médio do termômetro de chupeta é de R$ 50.
- Adesivo: se a criança apresentou febre e você quer continuar acompanhando a temperatura, mas sem incomodá-la, o modelo de termômetro adesivo é perfeito. O item é um adesivo que deve ser colado sobre a pele do bebê (pontos ideais: testa, peito ou axila) e através da tecnologia de cristal líquido encapsulado mede a temperatura. Em geral, o termômetro apresenta 5 tipos de medição mostrando se a temperatura está normal (N), 37, 38, 39 ou 40° C. O monitoramento com um adesivo pode ser feito por até 48 horas, e isso é perfeito para ter um média de como está variando a temperatura da criança. Esse modelo não é tão preciso, já que só apresenta números inteiros, mas é perfeito para ter um monitoramento simples e rápido. O preço médio é de R$ 50 por 8 unidades de adesivos.
Como Saber a Gravidade da Febre
Em primeiro lugar, nem toda temperatura alterada é significado de febre em bebês. A criança pode ter a temperatura um pouquinho elevada naturalmente, ou até mesmo fatores externos podem alterar a temperatura corpórea – como banho quente, calor do ambiente, excesso de roupinhas.
Para avaliar se a criança está realmente com febre a primeira dica é medir pela primeira vez a temperatura e anotar. Em seguida avalie se não há nenhum fator externo contribuindo para a elevação da temperatura. Depois de 30 minutos meça novamente a temperatura e compare com a aferição que fez anteriormente.
Caso, a temperatura tenha se mantido, é ideal monitorar, e caso a febre tenha aumentado, é bom ficar em alerta e até mesmo procurar um médico.
Para saber se a febre tem alguma gravidade, a dica principal é não se basear apenas na temperatura, mas também analisar outros pontos, como o incômodo que o bebê possa estar sentindo, a dificuldade de mamar e alimentar-se. Caso, algum desses pontos esteja claro, a febre pode apresentar alguma gravidade, até mesmo porque a temperatura elevada pode causar desidratação e o bebê não estar mamando pode acarretar esse fato.
Para bebês com menos de 3 meses a febre costuma ter mais gravidade, então, se você notou a mudança corpórea seguida de sintomas como dificuldade de amamentação e incômodo, o ideal é já se direcionar ao médico.
No caso da febre em bebês ser superior a 39°C, não hesite em ir ao médico e não espere mais de 48 horas.
Vale lembrar, que no caso da temperatura estar levemente alterada, mas a criança permanecer brincado e alimentando-se, o ideal é marcar uma consulta médica já que não há urgência no atendimento, e assim evitar pronto-socorros já que o ambiente pode ser um local de alta concentração de vírus e bactérias.
Sobre a Convulsão Febril
A rápida alteração da temperatura corpórea pode ser a principal causa das convulsões, então se o bebê teve uma elevação drástica de temperatura é bom ficar em alerta.
A convulsão é mais comum em crianças de até 2 anos, e é caracterizada por uma crise em que a criança pode ter movimentos estranhos e até soltar secreções pela boca.
Em geral, as convulsões assustam muito, mas no caso da convulsão febril é menos comum casos de sequelas.
No caso da criança vir a sofrer com uma convulsão febril, siga e analise os seguintes itens:
- Marque o tempo: ao primeiro sinal da convulsão tente marcar qual foi a duração total, pois essa será uma pergunta feita pelo médico. E isso também ajuda você a identificar melhor a situação, já que a duração costuma ser rápida – 20 segundos – e raramente mais que 2 minutos.
- Não segure a língua: um mito é acreditar que é preciso segurar a língua do bebê durante a convulsão. A língua não será engolida, como se diziam.
- Vire a cabecinha de lado: ao invés de acreditar em mitos, siga as recomendações adequadas, como virar a cabecinha do bebê de lado, pois no caso da criança soltar alguma excreção, ela não será engolida e isso evitar o risco de engasgamento.
- Retire qualquer coisa da boca do bebê: caso o bebê tenha um convulsão febril, retire o que ele estiver na boca – brinquedo, comida, chupeta – para evitar o engasgamento.
- Procure um médico: caso a duração da convulsão seja superior a 2 minutos, não hesite em ir a um pronto-socorro. Para casos onde a convulsão tem tempo menor que 2 minutos, o ideal é marcar um médico e se possível entrar em contato imediato com o pediatra informando da situação.
Causas Comuns e Como Combater
A febre é sempre um sinal do corpo de que ele está tentado combater algo de errado, e geralmente a febre em bebês está associada a algum tipo de infecção, que pode ser causada por vírus ou bactérias.
As causas mais comuns das febres são bactérias e vírus, por isso, vamos entender a característica de cada uma dessas causas:
- Febre Viral: é uma infecção causada por um vírus que está no organismo da criança, e geralmente é caracterizada por uma gripe ou resfriado. Esse tipo de febre costuma passar em até 3 dias, já que os anticorpos do leite materno ajudam no combate da doença.
- Febre Bacteriana: como o próprio nome já aponta, esse é um tipo de febre causada por uma bactéria, e pode resultar em otites (infecção no ouvido) e infecções urinárias, o que causa bastante incômodo no bebê.
Em ambos os tipos de febres – viral e bacteriana – é ideal alertar o pediatra, e no caso de infecções virais o tratamento será indicado com bastante hidratação e até medicamentos. Já nas infecções bacterianas, é possível que o médico indique o uso de algum antibiótico após o diagnóstico, de modo a combater a bactéria e promover a melhora do bebê, e consequentemente, a regulação da temperatura corpórea.
No combate a qualquer tipo de febre em bebês, a medicação só deve ser dada a criança sob a orientação médica, pois é preciso uma avaliação do caso e também a recomendação de acordo com a idade do bebê. Então, nada de medicar a criança sem um diagnóstico do pediatra.
Dicas para Baixar a Febre no Bebê
Como já dissemos anteriormente, a febre em bebês é sinal de que o corpo está agindo contra uma infecção, então antes de tentar abaixar a temperatura corpórea, é preciso tratar também o causador da febre.
No entanto, se o bebê já está sendo tratado da infecção que está causando a febre, mas a temperatura alta tem deixado a criança mais enjoadinha, vale usar de alguns artifícios para deixar a criança mais confortável:
- Banho morno: esqueça a ideia de que banho frio diminui a febre em bebês, isso será apenas momentâneo. O ideal é dar uma banho em temperatura média, para deixar a criança mais confortável e relaxada e evitar que ela fique com frio durante o banho.
- Retire o excesso de roupas e cobertas: se a criança está doente nada de criar inúmeras camadas de roupinhas e cobertas para deixá-la quentinha, isso pode aumentar a transpiração do bebê e até causar desidratação. O ideal é deixar o bebê com roupas confortáveis, e sem excessos. Evite também deixar o bebê só de fraldinha, pois o vento direto no corpinho pode causar mais incômodos nesse período.
- Medicamento: alguns medicamentos como paracetamol são grandes aliados no combate a febre em bebês, mas qualquer remédio só deve ser dado à criança sob prescrição médica, até mesmo porque a dosagem deve ser feita de acordo com o peso do bebê.
Agora que você já tirou suas dúvidas sobre febre em bebês, já pode manter a calma e sempre que os sintomas persistirem é ideal procurar por um médico, afinal a ideia do post era só de esclarecer dúvidas, mas nada melhor que o diagnóstico de um médico para avaliar cada situação.