Indução de parto: como funciona e quais as contra-indicações?

Muitas mulheres ficam em dúvida sobre a indução de parto. Afinal como saber se o procedimento é necessário e não oferecerá riscos ao bebê? Nesse post, separamos tudo para você ficar informada sobre o que acontece quando a técnica é utilizada.

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O que é e Quando Fazer?

A indução de parto é um procedimento feito nos hospitais para possibilitar o parto normal. Isso significa que quando existe demora para o início do trabalho de parto, é realizado um estímulo para ajudar no andamento do processo. A técnica também é realizada quando existem situações que podem colocar em risco a vida da mulher ou do bebê.

Mãe deitada com acesso na mão, aguardando a indução de parto.

Alguns especialistas falam sobre maneiras caseiras que, às vezes, podem acabar tendo o mesmo efeito, como acupuntura, manter relações sexuais com o parceiro ou até homeopatia.

É importante lembrar que cada caso requer cuidados específicos, portanto, cabe ao seu médico investigar com cautela o seu quadro clínico e decidir qual solução será a mais segura. Em algumas situações, é preferível realizar uma cesariana do que estimular um parto normal que possa oferecer riscos. Portanto, peça orientação ao seu obstetra para que ele indique o recurso ideal para você.

 

Motivos que Podem Levar à Indução do Trabalho de Parto

A indução de parto pode ocorrer em alguns casos específicos. Vamos conhecer alguns deles?

  • Tempo de gestação superior a 41 semanas e ainda sem o aparecimento de contrações espontâneas;
  • Ruptura da bolsa gestacional sem o surgimento de contrações após 24 horas;
  • No caso de mães com diabetes ou outras complicações, como problemas renais e pulmonares;
  • Quando ocorre mal-formação do bebê ou desenvolvimento abaixo do esperado;
  • Redução da quantidade de líquido amniótico.
  • Se a mãe tiver outras complexidades, como colestase gestacional ou gordura no fígado.
  • Em situações em que a mãe tem problemas de hipertensão, hemorragia ou pré-eclâmpsia.
  • Quando há indícios de que a placenta não está garantindo o conforto do bebê adequadamente, como, por exemplo, pouco fornecimento de oxigênio ou alimentação restrita.

Mãe realizando exame de cardiotocografia.

Se você precisar passar pela indução de parto, será necessário se dedicar à respiração, ficando em uma posição confortável para se manter firme nas contrações e, quando solicitado, conseguir empurrar o neném. Lembrando que a indução de parto não modificará nada no nascimento da criança, o que muda é apenas a intensidade na forma como ocorrerá o momento antes do parto.

Técnicas Usadas e Contra-Indicações

Conforme mencionamos anteriormente, a indução pode provocar o parto de forma artificial. Com isso, ocorre a dilatação da cérvix e o aumento das contrações. Especialistas confirmam que no trabalho de parto, acontece a expansão do útero de 0 até 10 cm, facilitando o nascimento do bebê.

Basicamente, há três técnicas muito comuns na indução de parto: a injeção de ocitocina ou a amniotomia, rutura das membranas, e a inserção de uma sonda na região do útero.

Na rutura das membranas, é feita uma incisão diretamente na membrana amniótica, através da inserção de um instrumento muito parecido com aquelas agulhas de crochê. Após a rutura, o bebê consegue descer de forma mais rápida, aumentando a pressão no colo de útero. Esse movimento, consequentemente, aumenta as contrações e a dilatação.

Mãe deitada na cama do hospital.

Se fosse um trabalho de parto normal, sem a indução, a rutura da bolsa aconteceria de forma natural ao fim da primeira fase. Vale lembrar que nesse caso a dilatação do colo do útero ocorreria em torno de 12 até 48 horas.

A rutura das membranas também é indicada quando o bebê está com o ritmo cardíaco menor ou há sinais de que não está confortável, com isso acelera-se o parto.

Já a injeção de ocitocina é feita com a aplicação do medicamento por via endovenosa, durante diversas fases da indução de parto. A ocitocina é conhecida como o hormônio do amor, produzida pelo hipotálamo, ela propicia tanto a amamentação como o parto.

No caso da sonda, um método muito conhecido é a de foley, um método mecânico que libera as prostaglandinas, como resultado da divisão do cório da decídua. Muitos médicos a utilizam juntamente com a aplicação da ocitocina, para amadurecer o cólo do útero, enquanto aumenta as contrações uterinas.

Depois de realizado o procedimento de indução de parto, geralmente, as contrações uterinas são iniciadas em 30 minutos. Em casos de muita dor, a anestesia epidural pode aliviar o sofrimento desse momento.

A indução de parto tem algumas contra-indicações. Veja abaixo algumas delas:

  • Caso a mãe tenha passado por mais de duas cesarianas, por conta de cicatrizes no útero.
  • Quando o bebê está em sofrimento.
  • Prolapso no cordão umbilical.
  • Gravidez gemelar ou com mais bebês.
  • Quando o bebê está sentado e não ficou de ponta-cabeça.
  • Na presença de doenças como herpes genital ativa.
  • Placenta prévia.
  • Redução dos batimentos cardíacos do bebê.
  • Quando é bebê pesa mais de 4kgs.

O médico deve investigar e analisar se a indução do parto é a melhor escolha a ser feita, considerando todos os fatores de risco e os benefícios desse método.

É importante salientar que todas as formas mostradas aqui só podem ser realizadas em um hospital, com o acompanhamento médico adequado, onde a mãe e o bebê terão todos os recursos necessários para passar por esse momento tão especial de maneira segura. Afinal, o hospital possui todos os equipamentos necessários em casos de complicação, que podem salvar a vida da criança ou da mãe.