PARTO NA ÁGUA: Como Funciona? Tudo Aqui!
O parto é um dos processos naturais que os mamíferos compartilham, tanto humanos como os não racionais. O corpo das mulheres é adaptado genética e fisiologicamente para manter o feto enquanto sua formação e dar a luz no momento certo, quando a criança está pronta para conhecer o mundo o seu redor, deixar seu cordão umbilical e partir para o crescimento por conta própria. E uma das formas de chegar ao mundo que a mãe pode proporcionar ao bebê é o parto na água.
O que é um parto na água?
O próprio nome deixa claro o que seria esse processo: um parto realizado na água, mais comumente realizado em uma banheira pelo controle do espaço e até melhor conforto da mãe em segurar nas bordas.
- Este é um método desenvolvido para um parto o mais natural possível e seguro tanto para a criança quanto o bebê, que nasce em condições semelhantes ao útero da mãe, envolto por líquido.
- Pode ser feito tanto em casa como no hospital, mas ambos devem ter espaço e preparo para o grande momento.
- Para ambos os casos devem estar presentes um médico e um auxiliar de enfermagem e haver transporte caso algo de errado aconteça.
- É muito comum deixar de lado tanto no parto em casa como em um hospital uma UTI neo natal e todo o equipamento cirúrgico preparado para eventuais problemas.
- Alguns hospitais brasileiros e muitos norte americanos possuem banheiras especializadas e profissionais devidamente treinados já pensando na naturalidade do método.
O líquido deve estar em temperatura de 37 graus celsos, morna, ajudando a aliviar as dores do pré parto e cobrir ao menos metade da barriga. Com a água morna aumenta a vasodilatação, ajudando a aliviar as contrações.
Elas ainda existem e podem ser intensas, mas são mais suaves e suportáveis segundo as mães que já passaram por isso. A temperatura morna também é agradável para o bebê, pois é próxima da temperatura uterina.
As vantagens do parto na água
Uma das principais vantagens é o conforto da mãe, que sente muito menos dores nesta modalidade que em parto normal em um hospital.
- Há em especial a diminuição da necessidade de administração de anestesia peridural ou combinada, aumentando também a ligação da criança com o bebê.
- Desde o começo da prática desta modalidade diminui também a quantidade de lacerações perineais, ou seja, cortes maiores para aumentar a passagem (dilatação) da vagina para a saída do bebê. E não havendo cortes tanto na barriga como região vaginal, diminui-se ainda mais as chances de infecções pós parto.
- Assim como todos os partos normais, a recuperação pós nascimento é ainda mais rápida. Enquanto na cesária a mamãe não pode subir escadas e permanece com os pontos de sete a 10 dias, a mamãe dando a luz em uma banheira já está apta para as suas atividades no mesmo dia, podendo andar tranquilamente. Não há cortes, apenas a fragilidade física normal de um pós parto.
Há riscos do bebê se afogar no parto na água?
Esta é uma dúvida muito comum para quem não conhece o método. Na verdade não. A criança começa a respirar pela boca apenas quando sai do meio líquido, e quando sai da barriga da mãe para a banheira no parto ela continua em um meio aquático, não faz a aspiração. Isso só vai acontecer quando ela estiver fora da água, sentir o ar ao redor, alguns segundos depois. Não há casos em números significantes relatados de crianças afogadas com este método quando feio com profissionais qualificados.
Mas já aconteceu? Sim, assim como bebês ainda na barriga já morreram afogados quando estão em condições não ideias, por isso é feita uma avaliação tanto da mãe como fetal para saber se a escolha do tipo de parto vale a pena.
Quem não pode fazer parto na água?
Uma avaliação médica das condições da criança e do bebê é crucial para a autorização do parto na água. Os casos em que se deve evitar são recomendados são: sofrimento fetal, nascimento prematuro (abaixo dos 8 meses de gestação), presença de mecônio, sangramento, portadoras de HIV e Hepatite-B, herpes genital, feto pesando mais de 4000 gramas.
Os especialistas ainda discordam sobre indicar ou não o parto na água. A Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) ainda não emitiu opinião a respeito, mas reconhece a prática e muitos médicos renomados a incentivam e praticam, mas sempre com apoio de profissionais, nunca em casa e com a mãe sozinha em especial.
Por que os partos normais caíram de números?
Pesquisa realizada em 2014 revela que mais de 70% das mulheres chega em um consultório médico em busca de um parto normal, mas mais de 80% deste número desiste da ideia.
- Os motivos são diversos, dentre eles o incentivo dos médicos em ganhos financeiros com o procedimento cirúrgico, a cesária. Os custos pagos ao médico hoje pelo Sistema Único de Saúde para parto normal é de R$ 291, enquanto a cesariana sai por cerca de R$ 402. No particular a mesma tabela de preços pode ser seguida mas aumentando bem mais os valores.
Entrevistas de diversos veículos de comunicação mostraram mulheres sendo induzidas pelo médico a uma cesariana e até fraudando exames para conseguir os custos extras. - Há relatos de parceria entre hospital e médico, mães assustadas com a possível falta de assistência ao dar a luz e em um momento tão frágil quanto a gravidez, qualquer comentário sobre a possibilidade de morte do bebê influencia de forma drástica a escolha do tipo de parto para os futuros pais.
- Nos últimos dois anos cresceu o número de mães optando pelo parto humanizado, um parto natural e com a mãe e filho sendo tratados com respeito.
- Uma das maiores queixas das mães é não apenas terem sido induzidas ao corte com bisturi, como também perderam um dos grandes momentos de sua vida: a chegada de uma nova criança, fruto de seu sangue e seu trabalho que manteve por tanto tempo segura.
- Os médicos são tão maquinais que nem ao menos são permitidos mais do que alguns segundos da mãe com seu filho. O parto humanizado, feito em casa, garante não apenas conforto mas apreciar todo o momento.
Campanha Parto Normal do Ministério da Saúde
Uma campanha do Ministério da Saúde recente está ganhando força para incentivar o parto normal e reverter tais números.
Desde que estejam profissionais envolvidos, os riscos são bem menores de um parto humanizado, seja ele na água ou em casa, que uma cesária com pós operatório muito mais arriscado e envolvendo diversos riscos para a mãe, inclusive de infecção hospitalar.
Por enquanto o parto na água ainda não é maioria, mas com comentários como de famosos, a top internacional Gisele Buchen optou pelo método, pode se tornar cada vez mais popular.